Iniciação

Sabrina: Meu Deus! Quem fez isso?? A Kath, será que foram atraz dela!?

Carol: Calma. Fica junto de mim, não sai de perto de mim.

Sabrina ONN

Eu fiz o que ela mandou, fiquei atraz dela. Ela tirou uma arma não sei de onde e começou a entrar no apartamento, olhando cada lugar. Quando ela teve certeza que não tinha mais ninguém alí, arredou uma pilha de coisas que estava no sofá e se sentou. Me sentei do lado dela.

Carol: ta vendo? Isso é muito perigoso pra vocês! E se vocês estivessem aqui dentro? Não quero nem pensar nisso.

Sabrina: eu já disse que não quero sabe se é perigoso ou não, eu to com você nessa.


Ela me olhou triste e em seguida me abraçou. Ficamos assim no sofá um tempo.


Carol: vamos pegar as suas coisas e as de Kath e vamos pra casa da Kamila

Sabrina: agora?

Carol: é. Porque?

Sabrina: e se tiver alguém esperando agente lá fora e nos seguir?

Carol: ... você tem razão. Vou ligar pra Kamila e mandar ela fazer uma busca por aí... Ta esperta ein amor.

Sabrina: são os filmes policiais

Carol: kkk só você mesmo pra me fazer rir viu amor


Ela veio ate mim e me deu um selinho. Depois arrumamos tudo, pegamos o que íamos precisar, passamos no apartamento da vizinha para agradecer e pegar minha filha.
Mais ou menos uma hora e meia depois que agente chegou, finalmente fomos embora.
A casa dessa Kamila era meio longinha, ficava afastada da cidade.
Eu e a Carol estávamos no carro dela e a Kamila num carro a frente. Assim que chegamos, que as duas foram se cumprimentar direito pude reparar que as duas se pareciam muito, muito mesmo, apesar de não serem gêmeas idênticas.
Ela me apresentou a irma e a namorada da irma, pessoas super legais e tudo mais. Elas arrumaram um berço meio improvisado no quarto onde eu ia ficar com Carol pra eu poder colocar a Kath. Então, depois que a bebe havia dormido, sentamos nós quatro a mesa para uma conversa seria...



Kamila: Bom Sabrina, você sabe que isso que agente faz não é fácil, e muito perigoso

Sabrina: sei sim, sei da dificuldade e do perigo

Kamila: e mesmo assim você quer ajudar?

Sabrina: quero, em tudo que for possível

Kamila: você sabe atirar? Pegar numa arma?

Sabrina: ... não

Kamila: isso atrapalha muito... Vamos ter trabalho Carol

Carol: acho que não, ela é esperta, aprende rápido. Pode deixar que eu mesma  fico por conta de ensinar tudo que ela precisa.

Kamila: ta certo, vocês começam com as aulinhas amanha pela manha

Sabrina: mas e a escola?

Kamila: ou vocês estudam, ou vocês estão nessa missão com agente... Infelizmente agora não tem tempo para as duas coisas, vocês mesmo viram a fúria que invadiram o apartamento de vocês.

Carol: ...ela tem razão

Kamila: que bom que você sabe. Eu conversei com a mamãe hoje, ela disse que assim que vocês quiserem ela vem buscar a menina

Carol: isso é um assunto pessoal meu e da Sabrina, depois agente resolve.

Kamila: ta certo... Amor, não vai falar nada?

Giovanna: Não, eu prefiro ficar na minha



Carol ONN

A reunião foi meio tensa, mas acho que o principal já foi resolvido. Sabrina subiu e logo depois eu também, peguei ela deitada na nossa cama cuidando da Kath... Eu sei que ia ser muito duro pra ela deixar a filha, mas é preciso, isso logo acaba.

Carol OFF

Os dias foram passando. Na manha do dia seguinte, Carol e Sabrina entraram em um dos jardins da casa pra poder começarem as aulas.
Sabrina se saiu muito bem, em pouquíssimo tempo já atirava como profissional. As quatro sempre procuravam se divertir, Carol e Kamila não queriam deixam as mulheres apreensivas com o que elas sabiam que iria vir em breve, muito breve. Por isso elas tramavam seus planos em segredo, nas altas horas da madrugada dentro de um escritório.
Era a preparação pra guerra que vinha se levantando, duas famílias de máfia unidas por um ódio incomum... Uma guerra com laços de sangue que já não valiam nada, o que importava agora era que só um dos lados pode sobreviver.....

Ataques

Carol ONN

Assim que o sinal do intervalo tocou eu esperei Sabrina sair mas nada dela... Então as meninas saíram e me disseram que ela estava na sala.
Então, fui ate lá. Quando entrei na sala ela estava sentada de cabeça baixa, então fui ate ela e toquei seu ombro. Ela ergueu a cabeça devagar e quando me viu pareceu se assustar

Sabrina: Carol???

Tentei sorrir mas não deu muito certo, então ela fez o que eu não esperava, se levantou e me abraçou. Um abraço longo e apertado. Eu retribui o abraço, lógico. Depois que ela me soltou nós duas nos sentamos.

Carol: agente tem que conversar

Sabrina: e muito

Carol: vou falar logo o que eu quero. Eu quero que você vá pra Itália.

Sabrina: han? como assim? Ir pra Itália pra que?

Carol: porque é mais seguro pra você e pra bebe. Minha mãe biológica ta lá, ela vai te ajudar a cuidar da Kath

Sabrina: eu não vou sair do Brasil

Carol: Sabrina, por favor. É perigoso pra você e pra bebe, lá você vai encontrar todo o apoio que você precisa. Eu prometo que logo isso vai estar resolvido aí vocês vão poder voltar e...

Sabrina: Carol, qual a parte do eu não vou sair do Brasil você não entendeu? Eu quero estar do seu lado nessa hora, te ajudar, eu sou sua mulher não um qualquer, eu não vou deixar você sozinha.


Eu fiquei sem reação. Nós duas ficamos nos encarando um tempo. Ela queria ficar comigo, do meu lado.


Carol: amor, é muito perigoso

Sabrina: não importa, eu quero ficar perto de você, quero ajudar no que for preciso.

Carol: mas e a Kath? Ela corre tanta perigo quanto você, quanto nós... Ou até mais por ser mais frágil. Eu não quero que nada aconteça com ela.

Sabrina: eu cuido dela não tem problema, mas não vou te deixar.


Agente se abraçou de novo, bem mais forte do que antes. Eu tinha muito medo de que algo pudesse acontecer com ela, mas ter ela do meu lado me dava mais força pra lutar e acabar com isso logo. Mas eu não posso colocar a filha dela em risco. Eu não me perdoaria se acontecesse alguma coisa com ela.


Carol: então manda a Kath pra Itália com a minha mãe.

Sabrina: mandar a Kath?

Carol: é amor, é só ate isso acabar. Minha mãe vai cuidar muito bem dela eu tenho certeza, e agente pode tentar ver ela todo o fim de semana.

Sabrina: eu não sei

Carol: meu amor, ou é isso ou você vai ter que ir com ela.  Você eu consigo proteger, mas ela é um bebe, eu não tenho como garantir a segurança dela. Eu prometo que não vai durar muito tempo, só o suficiente. Isso logo logo vai acabar e nós vamos voltar a ser uma família feliz de novo.


Sabrina ONN


Essa proposta doeu pra mim. Ficar longe da minha filha, eu não sei se iria conseguir. Mas sei que é o melhor a se fazer. Ela tem razão sobre isso, e eu confio nela, se ela diz que é o melhor, então esse é o melhor a ser feito.

Sabrina: tudo bem, eu aceito.

Carol: vou pedir minha mãe pra buscar ela esse fim de semana.

Sabrina: já?

Carol: já meu amor.

Sabrina: tão rápido...

Carol: me desculpa por ta te fazendo passar por isso...

Sabrina: eu te amo, e eu nunca ia deixar você sozinha.


Agente se beijou, ali na sala mesmo. Ela ligou pro pai dela que pediu pra liberar nós duas mais cedo... Fomos pelo caminho conversando

Carol: acho que nosso apartamento não é mais seguro.

Sabrina: porque não?

Carol: Kamila me disse que descobriu que estavam nos investigando. Sobre ela não descobriram nada, mas sabem tudo sobre mim. Tenho medo que nos ataquem.

Sabrina: o caso é tao serio assim?

Carol: é... Nós vamos pra casa da Kamila, tudo bem?

Sabrina: aonde ela mora?

Carol: num lugar afastado... E muito lindo. Agente passa no AP, busca todo o necessário e vamos pra lá de uma vez.

Sabrina: e seu trabalho?

Carol: o Harry sabe de tudo o que ta acontecendo, ele disse que vai bancar sem trabalho

Sabrina: ate o Harry sabia?

Carol: nós tivemos de contar, senão eu teria que desviar dinheiro da empresa, e não me sentiria bem enganando meu próprio pai.


Carol ONN

Depois daquilo, num geral, nosso caminho foi bem silencioso. Quando chegamos no AP, descemos e subimos, encontramos a porta semi - aberta. Desconfiada, abri um pouco a porta e constatei o que já suspeitava... O apartamento foi arrombado!!!!!

Insonia, pensamento e algumas lagrimas

Carol ONN

Eu não tinha noção do que fazer. Eu saí de casa apenas com uma mochila, deixei ela lá pensando. Eu nunca pensei que as coisas iam ficar desse jeito.

Peguei meu carro e comecei a rodar pela cidade, eu já sabia pra onde ir, só queria dar um tempo.

Quando cansei de dirigir parei na praia. Tirei meu tênis e larguei dentro do carro, dobrei meu jeans e sai candando meio desnorteada. Fui ate um quiosque e comprei uma água mineral, me sentei na areia longe das pessoas. Enquanto eu tomava a minha água pensava no que fazer. O primeiro passo era ligar pra Kamila, eu só podia ficar com ela, pra onde mais eu iria? O segundo passo era pensar no que falar com a Sabrina.

Parece que meus pensamentos iam sendo lidos, porque meu telefone começou a tocar, era Kamila.

*Ligação*

Kamila: aonde você ta?

Carol: oi? tudo bom com você também?

Kamila: serio, agente precisa conversar.

Carol: é eu sei, eu vou precisar ficar na sua casa.

Kamila: aqui em casa? Porque? Aconteceu mais alguma coisa?

Carol: a Sabrina descobriu tudo

Kamila: tudo?

Carol: é, tudo

Kamila: como foi isso?

Carol quando eu chegar aí agente conversa direito

Kamila: ta bom, vem logo.

Carol: ta bom, beijo.

* Ligação *

Eu fiquei mais um tempo parada ali e depois fui pra casa dela. Ela morava numa casa meio que de campo num lugar afastado da cidade, ela e a namorada... Sim, ser lésbica acho que ta no sangue. A namorada dela sabe dos nossos esquemas, e nos ajuda em tudo. As vezes eu queria que as coisas comigo também fossem assim.

Quando cheguei as duas me receberam super bem. Coloquei minha mochila no quarto de hospedes, e depois nós fomos conversar tudo o que precisava. Contei como a Sabrina descobriu tudo, e ela me contou como estava preocupada com o fato de que o Lucca poderia nos encontrar aqui.

Carol: eu tenho que tirar a Sabrina do Brasil.

Kamila: é, pode ser perigoso pra ela e pra bebe. Eu tentei convencer a Giovanna mas sabe como é né, não quis.

Giovanna: não quis mesmo, aonde você estiver eu vou estar com você

Carol: é mas não funciona assim comigo. Amanha na aula eu vou conversar com a Sabrina.

Kamila: você insiste mesmo em continuar estudando Carol?

Carol: Kamila eu não posso parar a minha vida por causa dessa guerra. Um dia isso vai acabar e eu vou precisar viver, e vou precisar disso

Giovanna: ela ta certa, e você deveria fazer o mesmo viu.

Kamila: não sei

Carol: poderia ser uma boa, seria mais uma forma de nós ficarmos juntas. Você estudando na mesma escola que eu, agente teria mais tempo pra pensar em alguma coisa.

Giovanna: pois é eu concordo

Kamila: eu vou pensar ta bom. Olha você tem que falar com o Harry.

Carol: eu sei, amanha eu converso com ele... Será que eu posso ficar um pouco sozinha? Eu quero pensar.

Kamila: ta bom maninha, fica bem

As duas me deram um beijo no rosto e saíram. Eu deitei naquela cama enorme (era de casal) e fiquei pensando na Sabrina. Eu tinha que convencer ela a sair do país, acho que a Itália seria o lugar mais seguro. Eu mando ela e a Kath pra lá, elas ficam a salvo. Mesmo que ela não queira mais nada comigo, eu não posso deixar ela correndo esse risco.

Peguei meu celular e comecei a ver algumas fotos nossas, nós duas, nós com a Kath, em casa, nos passeios que agente fazia... Eu queria tanto ter uma vida normal ao lado dela, mas depois disso eu perdi as esperanças. Eu esperava que essa guerra acabasse logo, e que ela nem precisasse saber que isso um dia aconteceu.

Agora eu acho que eu perdi ela de vez, ela não vai querer nem mais olhar pra mim...

Carol OFF

Sabrina ONN

Depois que ela foi embora eu só conseguia chorar, acho que a ficha do que estava acontecendo só começou a cair depois que ela saiu.

Eu sempre soube que ela guardava algum tipo de mistério, mas nunca achei que fosse algo desse tipo.

Eu não sei o que fazer, não sei como agir. Eu quero ficar do lado dela nessa, mais eu tenho medo de perder ela pra sempre...

Eu tomei um remédio e dormi, horas seguidas. Quando acordei já era noite, fui a casa da vizinha e busquei a minha filha.

Cuidei dela e ela logo adormeceu. "agora sou eu e a Kamila que temos que dar um fim nisso", essas palavras nunca vão sair da minha cabeça.

Eu não posso deixar a Carol sozinha nela. Eu a amo, eu tenho que ficar do lado dela, mesmo que isso seja muito perigoso. Enquanto isso não acabar eu não vou ter paz com ela, e minha filha também não vai poder ter paz... é isso, eu tenho que ajudar a Carol, mas não só dando apoio...

Eu já sei o que fazer, eu não vou deixar ela ir e nem vou embora. Amanha tudo vai se resolver...

Sabrina OFF

A noite foi longa para ambas. Sabrina mal pregava o olho, alem da filha que acordou muito aquela noite, ela não parava de pensar no dia seguinte. 

Carol, não pregou o olho pensando com conseguiria falar com Sabrina, e se ela iria querer falar.

Foi uma noite de insonia, pensamentos e algumas lagrimas...

Carol ONN

Eu acordei bem antes do despertador tocar, tomei meu banho, me arrumei e quanto saí Giovanna já estava a mesa. Um enorme e lindo café da manha estava preparado, e ela esperava sentada a mesa.

Carol: bom dia

Giovanna: bom dia. Como foi a noite?

Carol: longa...

Giovanna: eu conversei muito com a Kamila ontem mas ela não quis voltar a escola, disse que qualquer coisa faz um simulado pela internet.

Carol: ela é cabeça dura deixa ela.

A Giovanna era mais velha, ela tinha25 anos... Não muita coisa. Ela era professora de inglês da Kamila quando ela morava em Manaus.

As duas se apaixonaram e enfim, estão juntas. Apesar da Giovanna também pegar no pesado em relação ao 'serviço sujo' que agente tem que fazer as vezes, ela era mais dona de casa. Ela ficava a maior parte do tempo naquele sitio enorme, cozinhando e arrumando a casa. Pelo que a Kamila me disse todos os dias as 7:00 o café já esta na mesa, ao meio dia o almoço é servido, exatamente as 4 da tarde, uma mesa para outro café esta pronta, 19:00 o jantar é servido, e ela sempre deixa alguma coisa pronta caso alguém queira um lanche durante a noite.

Eu fiquei conversando com ela até a hora de sair, eu ia entrar só depois do intervalo hoje, não tinha cabeça pra ir antes. A Kamila ainda estava dormindo.

Eu cheguei a tempo de pegar o terceiro horário mas não quis, preferi esperar no patio.

Carol OFF

Sabrina ONN

Eu mal preguei os olhos essa noite, alem de tudo a Kath estava muito incomodada com alguma coisa, peguei no sono já era madrugada. No horário de sempre meu celular despertou. Olhei pro lado e não vi Carol lá... Senti um aperto tão grande no  peito que chegou a rasgar ao meio.

Tomei um banho rápido, dei mamá pra minha filha, arrumei as coisas dela, comi alguma coisa... Passei na casa da vizinha e deixei ela, e fui pra escola, decidida!

Assim que cheguei lá não vi a Carol. Entrei na sala e coloquei minha mochila perto da mochila das meninas. Nós ficamos conversando mas eu não parava de olhar pra porta. Elas não sabiam que nós duas morávamos juntas, então não precisei explicar a ninguém porque cheguei sozinha.

O  sinal para o primeiro horário tocou... E nada da Carol. Será que ela não vem? Me senti triste, um pouco culpada...

Os tres primeiros horários passaram se arrastando, eu não conseguia prestar atenção em nada. Assim que tocou o sinal as meninas saíram, mas eu não quis ir. Fiquei quieta na minha pensando de cabeça baixa, quando sinto uma mão tocar meu ombro, e então ergui o rosto para ver quem era...

Tudo em Panos Limpos

Carol: eu nao to te traindo, voce ta entendendo tudo errado... Deixa eu explicar?

Sabrina ONN

Eu fervia de odio mas nao conseguia reagir, falar nada. Ela veio ate mim e com cuidado tirou a arma da minha mao. Colocou dentro da caixa junto com as outras coisas e me sentou na cama logo em seguida se sentou do meu lado. Nao esperou eu dizer nada e ja começou a falar.

Carol: eu não queria ter te escondido isso, mas foi pro seu próprio bem, pra proteger a sua vida, mas agora tambem acho que nada mais ia adiantar... A alguns anos, mais precisamente 3, eu estava com 15 anos, era revoltada e tudo mais, morava com a minha mae. Como voce sabe meus pais nunca ligaram muito pra mim. Foi quando apareceu a camila. Ela me contou uma historia, que eu vou te contar agora, que a principio eu nao acreditei, mas ela me provou cada palavra. Bem, vou a historia.
Meu pai verdadeiro Lucca Carbonato, e minha mae verdadeira Gisele Carbonato se casaram muito novos e logo tiveram filhos, duas garotas, gemias nao identicas. Eles vieram fugidos da Italia pra cá. Meu pai era viciado em jogo, e uma noite numa especia de cassino em Sao Paulo, conheceu o empresario Harry Stanford. Ele apostou alto e perdeu tudo. Por fim ele apostou uma das filhas...e perdeu. Essa filha era eu.
Harry que me ganhou, tomou muito carinho por mim. Ele, e a minha 'mae' na epoca eram casados, adoraram a ideia de ter um bebe e cuidaram de mim como se fosse deles.
Já do outro lado, a Kamila, minha irma gemia, cresceu com a minha mae. Depois que meu pai me perdeu no jogo, ela pegou Kamila e fugiu, de Sao Paulo para Manaus. E minha irma cresceu lá, alimentando um odio muito grande pelo meu pai. O nome Carbonato vem da familia do meu pai. É uma familia de mafia da italia. Só que minha mae tambem é italiana, da familia Belucce. Entao as duas entraram em conflito, meu pai ficou revoltado porque ele achava que minha mae nao tinha o direito de se separar dele.
Quando a Kamila me provou tudo isso agente se uniu. Se uniu pra destruir Lucca Carbonato. Ele ameaça a nossa mãe, e o Harry. Ele e a familia dele. Entao eles começaram a me treinar, a familia foi quase toda morta, e agora sou eu e a Kamila que temos que dar um fim nisso...


Eu estava chocada, nao conseguia dizer uma só palavra. Agora muita coisa que aconteceu fazia sentido.

Carol:...fala alguma coisa por favor

Sabrina: entao essas eram as suas viagens de negocio? Suas idas ao medico do nada? Seus trabalhos de escola?

Carol: sim...

Sabrina: e porque voce nao me contou?

Carol: como eu ia te contar isso? Sua reaçao como ta sendo. Eu nao poderia ter colocado a sua vida e da Kath em jogo assim! Eu sei que agora voce vai me deixar, e nao tiro a sua razao. Agora nunca duvide que eu te amo

Sabrina: ...eu nao vou te deixar

Carol: nao?

Sabrina: nao, eu só to um pouco confusa...eu quero um tempo

Carol: tempo?

Sabrina: é, um tempo pra eu pensar em tudo, pra eu poder decidir oque fazer com calma

Carol: tudo bem

Sabrina: eu vou arrumar minhas coisas.

Carol: que coisas? Pra que?

Sabrina: agente precisa de um tempo, nao posso ficar na sua casa

Carol: nao, por favor fica. Eu vou embora


Quando eu tentei falar ela simplesmente me impediu. Juntou algumas coisas inclusive a arma e o notebook.

Carol; eu vou, mas eu to sempre por perto. Quando voce se decidir chama que eu venho correndo. Eu te amo muito


Ela me dei um longo beijo no rosto e depois se foi. Eu nao consegui fazer nada, falar nada...NADA. Eu simplesmente deixei ela ir. Eu nao tenho condiçoes de decidir nada agora, acho que ainda nao caiu a ficha do que realmente ta acontecendo...

deix

Traição?

Sabrina ONN

Mexendo nas coisas dela encontrei uma pasta escondida dentro de varias outras, e quando eu tentei abrir pediu uma senha. Senha? A Carol tem uma pasta com senha? Mas agente nunca escondeu nada uma da outra.
O que será que tem dentro? Eu tenho que descobrir.
Mas qual sera a senha? Aqui me dá tres chances de abrir a pasta.
Vou tentar o nome dela..... Droga, negado! Vou tentar então a mesma senha do banco....Droga, também não é!
É, a Carol colocou um programa de gênio aqui. Eu não posso errar de novo, se eu errar vou bloquear a pasta e ela vai saber que eu mexi.
Pensa Sabrina, pensa.... Não, não pode ser. Será? Com muito cuidado digitei meu nome no lugar da senha. Pensei, mas pensei muito antes de confirmar, então apertei enter... E a pasta abriu! Dentro dela tinham varias outras pastas.
Fui na primeira que estava escrito fotos. Então tive a maior surpresa da minha vida. Tinham varias fotos da Carol com outra mulher! Em vários lugares, rindo, se divertindo. Ela me traiu!
A garota lembrava um pouco ela. Algumas lagrimas desceram do meu rosto, não deu pra controlar mas eu continuei olhando as fotos. Em algumas a Carol já estava de pircing... Então ta confirmado, quando ela tirou essas fotos agente já tava namorando.
Fui sentindo um buraco se abrindo dentro de mim. Abri a segunda pasta. Tinham vários endereços com telefone. Alguns nomes escrito com letra azul, e outros com letra vermelha. Mulheres e homens.
Fechei a pasta e abri outra. Tinha foto de varias armas de fogo. Com preços em baixo...parecia que era o print de um site de venda de armas.
E na ultima pasta havia uma especia de tabela de despesas. Entre elas estavam aulas de tiro, munição... entre outras, e por fim o nome de uma mulher: Kamila! Será a mesma da foto? Só pode! Era muito dinheiro, só o que ela ganhava era a metade daquilo. De onde saiu todo aquele dinheiro? Armas? Mulheres?
Eu não entendia mais nada, minha cabeça estava uma confusão que só.
Eu tinha que descobrir mais coisas sobre isso.
Entrei no nosso quarto e comecei a revirar o guarda roupas e em cima dele achei uma caixa. Uma caixa com cadeado.
Uma coisa que alguns anos crescendo ao lado dos meus primos me ensinaram foi abrir fechaduras simples usando grampo de cabelo.
Foi um pouco difícil mas consegui.
Quando abri encontrei documentos, fotos dela com a mesma mulher, atraz escrito 'pena que ele nos separou por tanto tempo'. Ele quem? Quem sera essa mulher?
Tinha também uma agenda, uma especie de diário. Passei as folhas, tinham coisas escritas sobre mim, varias. Mesmo de antes de eu conhece-la ela falando que gostava de mim.
Nas paginas ela sempre se referia a tal Kamila e a um 'ele' que eu não sabia quem era.
Por fim, percebi que tinha um pano mais duro, uma especia de pano falso naquela caixa. Então puxei o pano e quase tive um infarto. Era uma arma!
Eu peguei ela com cuidado e vi que estava carregada. Meu Deus! O que ela ta fazendo com uma arma carregada dentro do guarda roupas?
Eu segurava a arma e tremia por completo. Joguei aquela coisa na cama, e fiquei olhando aquelas coisas espalhadas pela cama sem saber o que fazer...

Carol ONN

Eu estava trabalhando e conversando com a sabrina por mensagens ate que ela parou de me responder. Achei estranho, deve ter ido cuidar da BB.
Hoje pedi licença do serviço, tenho uns assuntos pendentes a resolver...
Depois que me encontrei com ela fui pra casa, acho que minha princesa ia gostar de me ver mais cedo em casa.
Assim que entrei chamei por ela e nao obtive resposta. Olhei no sofá da sala e vi meu notebook aberto... Droga, a Sabrina achou a minha pasta com senha!
Eu corri pro quarto a procura dela e encontrei ela com a minha arma na mao, olhando fixamente pra porta na minha direçao.
As minhas coisas espalhadas pela cama, e ela com uma cara de odio pra mim.


Carol: olha, eu posso te explicar tudo isso

Sabrina: explicar o que Carol? Eu to vendo!

Carol: voce ta entendendo tudo errado.

Sabrina entendendo errado o que, que voce me trai e é uma bandida?

Carol: ...

Segredos?

Carol ONN

Agente sentou numa mesa bem no fundo, enquanto Sabrina estava na frente com outra garota que parecia muito nerd.

A garota do meu lado não tinha cara de nada, então a professora começou a passar algumas coisas pra gente copiar, aí a garota puxou assunto...

Rafaela: oi

Carol: oi

Rafaela: você é nova aqui né?

Carol: sou sim.

Rafaela: prazer, sou Rafaela. Você chama Carol né?

Carol: isso mesmo

Rafaela: aquela com você é sua irmã?

Carol: é minha namorada.

Rafaela: Namorada???

Carol: ...É

Rafaela: que legal

Carol: legal?

Rafaela: o que você queria que eu dissesse?

Carol: achei que ia me virar a cara como todos

Rafaela: que todos?

Carol: da antiga escola

Rafaela: relaxa, aqui o povo é muito mente aberta


Fiquei relaxada com isso. Enquanto fazíamos os exercícios Sabrina olhava pra traz toda hora, acho que tava com ciume KKKKK.
Então escrevi num pedaço de papel e mandei pra ela.

Sabrina ONN

Eu lá naquela aula chata do lado de uma nerd estranha, e a Carol lá, mó se divertindo com aquela garota que mal conhece... Eu não sou ciumenta ok?
Eu tava tentando me concentrar nos exercícios, quando uma bola de papel cai na minha mesa.
Desamassei com cuidado, era da Carol...
Ficamos conversando um tempo por aquele papel, e nossa conversa ficou assim.

Nao demorou muito pro sinal tocar. Ela veio e me abraçou por traz com muito carinho.

Carol: então dona ciumenta, vamos conhecer o resto do pessoal?

Sabrina:u.u vamos


Carol ONN

De mãos dadas com ela, fomos ate um grupo de garotas aonde estavam a Rafaela. Ela nos apresentou o resto das pessoas. São todas legais. Agente se sentou lá com ela e fomos conversando, então meu celular tocou, era meu pai.

Carol: perai que eu vou atender gente, é o meu pai


Sabrina ONN

O Harry ligou pra ela e ela foi atender. Acho legal a relação dos dois.

Rafaela: ela se da bem com o pai?

Sabrina: muito, ele apoia agente pra caramba

Rafaela: que legal

Natalia: ele é legal?

Sabrina: as vezes um pouco serio, mas empresario é assim mesmo

Patricia: o pai dela é empresario?

Sabrina: é... Stanford, Harry Stanford, nunca ouviram falar?

Rafaela: você ta brincando que a Carol é filha dele

Sabrina: to falando serio.


Logo ela voltou do telefonema com o pai dela. Se sentou do meu lado e me abraçou. As garotas eram legais. Na outra aula pedimos uns garotos pra trocarem de lugar com agente, pra podermos sentar juntas. Só tínhamos mais duas aulas. Tudo ali tava sendo muito legal.
Carol trocou MSN com as meninas, nosso telefone, essas coisas. Na hora de ir embora uma delas pediu carona aproveitando que agente estava de carro, ela mora uma rua acima da nossa.
Quando entramos em casa me atirei no sofá e chamei ela pra deitar por cima de mim.

Carol; o dia hoje foi demais né amor

Sabrina: com certeza. Foi bom chegar num lugar aonde tudo ta dando certo né

Carol: com certeza... Eu te amo tanto sabia

Sabrina: eu também te amo muito meu amor.


Agente se beijou, e ficamos curtindo esse momento um tempão. Então eu fui preparar alguma coisa pra comer enquanto ela tomava banho pra ir trabalhar.
Nós almoçamos e ela foi comigo ate a casa da vizinha buscar Kath. Minha bebezinha tava tão linda *--*.

Carol: eu ja to indo, se precisar de alguma coisa liga tá?

Sabrina: ta bom amor.

Demos um celinho e ela foi. Essa Carol nao tem jeito mesmo, nao perde o jeito de moleca. Só no jeans, tenis... mais tao linda. Ai ai.
Eu fiquei a tarde toda cuidando da minha bb e mandando sms pro meu amor *---* sempre que dava ela me respondia.
Entao, depois que minha filha dormiu nao tinha mais nada pra fazer, entao pequei o Notebook da Carol pra mexer um pouco né?
Entrei no msn dela, o pessoal da sala tava lá, comecei a conversar com as menins. Quando o assunto parou comecei a rondar umas coisas, e entao encontrei uma coisa que eu nao esperava......

Escola Nova

Carol ONN

Nós fomos dormir cedo, mas percebi que ela se virou na cama a noite inteira... É, nós duas mal conseguimos dormir. Era tenso pensar na nova escola. Quando por fim ela conseguiu dormir Kath começou a chorar. Eu corri pro quarto e fiz de tudo pra fazer ela calar... Consegui \o/
Ela dormiu de novo e eu levei ela pro quarto comigo. Coloquei ela no meio de nós duas, então também dormi...

Acordei primeiro que ela no dia seguinte, eram seis da manha. Tomei um banho, vesti um jeans, uma camisa qualquer e um all star de cano médio.
Fui pra cozinha e preparei algumas coisas pra gente comer. Ela logo apareceu trazendo Kath nos braços.

Sabrina: bom dia meu amor  - celinho

Carol: bom dia vida. Quer que eu leve a Kath enquanto você toma cafe?

Sabrina: quero sim.

Fui ate a casa da vizinha levar Kath, quando voltei meu pai estava sentado a mesa junto com Sabrina.

Harry: gostei de ver, vocês duas estão mantendo o apartamento bem arrumado.

Carol: tem que ser né pai

Sabrina: tem que ser agora né dona Carolina, porque antes de eu vir morar aqui esse AP vivia uma bagunça

Carol: isso não vem ao caso

Sabrina:  u.u


Logo terminamos nosso café. Meu pai nos deu a blusa de uniforme do colégio novo... Droga, odeio usar uniforme. Mas enfim, vestimos, pegamos nossos materiais e fomos.
Fomos no meu carro mesmo, meu pai foi ensinando o caminho. Nao era difícil chegar lá, e nem era muito longe de casa. Assim que parei na porta senti um frio na barriga.


Harry: bem garotas é esse o colégio, boa sorte pra vocês.


Ele deu um beijo  na nossa testa e foi. Eu olhei pra ela que estava sentada no banco de traz. Muita gente estava na porta, entravam e saiam pessoas a todo instante. Quando paramos na porta do carro já percebi que muita gente nos olhava, talvez por sermos desconhecidas com a blusa do colégio.


Sabrina: eu to com medo.

Carol: não se preocupa meu amor, eu tô com você.


Estendi minha mão pra ela que segurou firme. Com as mochilas nas costas fomos entrando. As pessoas olhavam pra gente, se perceberam que agente ta junta não sei, mas não olhavam com olhar de julgamento, e sim de curiosidade. Nao seguiam nos fuzilando, simplesmente olhando quem era.
Fomos direto pra sala da diretoria.
A diretora nos recebeu muitíssimo bem e nos explicou tudo sobre o colégio. Sentia que ela ia ficando cada vez mais relaxada, e eu também. O sinal pro primeiro horário tocou, ela pediu para que esperacemos, para entrarmos depois da turma. Já não gostei.
Andamos pelo corredor agora vazio em busca da sala. "3F2 SALA 6 PRÉDIO 2" era o que dizia. Era um anexo do prédio que tinha ao lado, então, fomos pra lá. O prédio era pequeno, tinha tres andares, e a sala 6 era no ultimo.

Quando chegamos a porta estava aberta, deu pra ver que a sala era enorme e tinham muitos alunos, a professora parecia ocupada escrevendo muitas coisas no quadro. Pela matéria era professora de matemática. Bati delicadamente na porta.

Carol: com licença.

Professora: sim. Já sei, vocês devem ser as alunas novas.

Carol: isso mesmo.

Professora: venham, podem entrar.


Olhei pra ela, ela apertou mais firme a minha mão e entramos de mãos dadas ainda. Entreguei a professora o papel que a diretora tinha nos dado.

Professora: muito bem. Classe essas são Carolina Stanford e Sabrina Stadtler. Bem meninas, podem escolher um lugar pra sentar e comecem a copiar a matéria


Olhamos por toda sala e tinha apenas dois lugares, no fundo, em cantos opostos da sala. Eu apenas peguei um caderno e uma caneta dentro da mochila e entreguei o resto do material a ela. Fomos em silencio, cada uma pra um lugar. Eu me sentei ao mesmo tempo que ela e nos olhamos. Logo me concentrei na matéria que a professora passava, não quero tomar bomba outra vez.
Copiei tudo e prestei muita atenção nas aulas. Acredito que Sabrina também, porque estava bem concentrada.
No segundo horário não sei o que seria, a professora faltou e nós ficamos atoa lá dentro da sala. Todo mundo conversando e nós na nossa. Então mandei sms pra ela.

" Vamos ficar nessa?"

" Como assim?"

" Você num canto e eu no outro?"

"Nem tem lugar pra mim aí."

" Vem cá, fica comigo enquanto agente ta sem aula"

" Amor, não sei"

" AA vem minha princesa, por favor"

" Ta bom vai, to indo"

Ela se levantou e timidamente começou a andar pelas cadeiras. Vi alguns meninos olhando pra ela e fiquei roxa de ciumes. Quando ela chegou, se sentou na mesma cadeira que eu, com uma perna sobre a minha.

Carol: então, como ta sendo até agora?

Sabrina: até agora ta tranquilo lé, ninguem sabe...

Carol: amor, ninguem é burro, metade da sala já percebeu.

Sabrina: que medo

Carol: ei nao precisa disso, eu to contigo, nao to?

Sabrina: claro


Agente se abraçou bem forte. Pouco depois o sinal pra um outro horario tocou. Era aula de quimica. Levaram agente ate um laboratório. Como era inicio de ano, eles sortearam as duplas. Eu nao fiquei com a Sabrina, tava com uma tal de Rafaela.














































Sabrian:tem

Harry: é acho que é a melhor hora pra essa conversa...




Carol: bem, pode falar


Harry: não vou falar que isso foi o que eu sempre sonhei pra você, mas eu sempre soube que você gosta de garotas. A Sabrina é uma boa garota, e eu vejo que vocês duas se gostam de verdade. Eu quero dizer que eu não vou deixar ninguém humilhar vocês duas. Eu to com vocês sempre.




Eu corri e abracei meu pai. Sabrina veio e abraçou agente.




Carol: obrigada pai


Sabrina: obrigada mesmo.


Harry: não precisa agradecer meninas. Hoje ainda eu vou  olhar outra escola pra vocês. Estejam prontas amanha bem cedo porque levarei vocês até a escola nova.


Sabrina: mas e meus pais? Preciso da autorização deles.


Harry: pode deixar isso comigo. Agora vão pra casa.


Carol: eu acho que vou ficar, logo começa meu expediente.


Harry: não filha, ta dispensada por hoje, podem ir pra casa




Agente se despediu do meu pai e fomos. No caminho agente não conversou, nem sei porque. Assim que chegou em casa ela se jogou no sofá e eu com ela.


Carol: que foi amor?


Sabrina: to pensativa.


Carol: sobre?


Sabrina: a escola nova.


Carol: ta com medo?


Sabrina: um pouco, e se for tudo igual?


Carol: aí agente muda de novo. Se precisar agente estuda em casa, da um jeito! Ninguem mais vai humilhar agente amor, e isso eu também te prometo.


Ela se virou de frente pra mim e nós nos beijamos. Como sempre um beijo carinhoso, com amor. E eu senti esse beijo esquentando. Minhas mãos percorreram cada canto do seu corpo, e ela suspirava. Peguei-a no colo e fomos pro quarto. Deitei ela na cama e me deitei por cima dela sem parar de beija-la um segundo. Meu corpo pegava fogo, e o dela também.


Carol: eu te quero meu amor


Sabrina: eu também te quero, muito.


Então agente se entregou aquele momento, e se amou como se não houvesse amanha. Foi a 'nossa' primeira vez, e foi perfeito, cada toque, cada palavra, tudo!
Depois eu fiquei deitada e ela sobre meu corpo, eu acariciava seus cabelos.


Sabrina: eu te amo tanto sabia


Carol: eu também te amo meu amor, tanto. Você gostou?


Sabrina: eu adorei, foi perfeito cada segundo.


Carol: pra mim também, cada minimo detalhe.


Nos beijamos bem calmamente e depois fomos tomar um banho juntas. Quando terminamos eu fui buscar a Kath, ela tava dormindo como um anjinho. Agente passou a tarde namorando, como a muito tempo não dava pra fazer. Curtimos ao máximo tudo que podemos. A tarde ela dormiu um pouco com nossa bebezinha, é normal, ela anda bem cansada. Ela acordou e se deitou na sala comigo, já era quase sete da noite, e eu assistia um filme.


Carol: pai ligou enquanto voce tava dormindo.


Sabrina: o que ele queria?


Carol: dizer que já acertou nossa matricula num colégio particular do centro


Sabrina: ai meu Deus, agente já começa amanha?


Carol: já amor... Nao se preocupe, eu te protejo.


Sabrina: promete?


Carol: prometo. Eu tenho uma coisa pra te dar.


Sabrina: o que?


Carol: perai que eu vou buscar.




Sabrina ONN


Ela se levantou e foi em direção ao quarto. Eu fiquei sentada no sofá esperando, ela voltou com uma caixinha na mão e me entregou.


Sabrina: o que é isso?


Carol: abre que você vai ver.


Entao eu abri e vi uma coisa linda. Era um par de alianças, simples, mas lindas.


Sabrina: amor, que lindas! Quando voce comprou?


Carol: semana passada, eu estava esperando o momento certo pra poder te entregar.




Eu pulei no colo dela e nos beijamos. Eu coloquei a aliança nela e ela em mim


Carol: eu quero que todos saibam que nos estamos juntas, e que nosso amor é maior que esse preconceito estupido...

Conversa com papai parte 1

Meu pai chegou rápido na escola. Eu ainda sentada no chao abraçada com a Sabrina.


Harry: O o que esta acontecendo aqui?


Diretora: Bom doutor Harry o que aconteceu foi...


Harry: eu nao perguntei pra voce...Filha, o que aconteceu?


- Tanta coisa pai...


Harry: eu tenho tempo, pode me contar tudo.


Entao eu contei tudo, desde o momento em que os alunos olharam torto pra mim, a professora de português encarando, essa outra professora com essa atitude, a indiferença da diretora em relação a gente e a surra que eu dei na professora.


Harry: VOCES ESTAO LOUCOS? ACHAM QUE A MINHA FILHA E A NAMORADA DELA SAO O QUE PRA VOCES TRATAREM ELAS ASSIM? Nesse colegio elas nao estudam nem mais um dia. E escrevam o que eu estou falando, eu vou processar voce, essa professorazinha e essa escola inútil e preconceituosa.
Vamos meninas, vamos embora daqui.


Eu fiquei meio em estado de choque...Meu pai defendendo agente desse jeito? UAU. Me levantei do chao com Sabrina e saímos dali com meu pai.
Ninguem falou uma palavra ate chagarmos no estacionamento.


Harry: vieram de carro?


- Viemos


Harry: entao me sigam.


Assim fizemos, ele ia na frente com o carro e eu logo em seguida. Rodamos um pouco ate chegarmos na empresa Stanford.
Quando descemos do carro ainda reinou o silencio, continuamos seguindo ele pelos corredores da empresa. Entramos no elevador e fomos ate o ultimo andar onde ficava a sala dele. Antes de entrar na sala avisou a secretaria que nao queria ser incomodado por ninguem.
Nós tres entramos na sala dele e ele mandou agente se sentar depois pegou uma cadeira colocou na frente da gente e se sentou tambem.


Harry: é acho que é a melhor hora pra essa conversa...

QUE ODIO!

- Vamos fazer assim, quando agente voltar agente resolve isso ta bom? Até porque agente tem que falar com seus pais pra poder te mudar de colegio...

Sabrina: tinha me esquecido disso.

- Mas agente da um jeito amor, relaxa.


Carol ONN

Dei um celinho nela já que estávamos dentro da sala sozinhas mesmo. Ficamos por lá já que as aulas nao demorariam a voltar. Logo as pessoas começaram a entrar...Novamente nos olhavam com desprezo. Eu estava odiando isso. Sabrina tem razao, agente tem que sair daqui o mais rapido possível. Assim que chegar na empresa vou falar com o meu pai.
A professora entrou primeiro do que os alunos, isso era estranho. Mas pouco me importava. Eu tava atraz da Sabrina entao agente começou a conversar. A professora encarava a gente todo instante...Eu sinceramente nao estava gostando disso.
Peguei minha cadeira e coloquei do lado da Sabrina e me sentei. Passei a mao em volta da cintura dela e ela encostou a cabeça no meu ombro. Entao ouvi uma voz que veio da frente, era a professora.

Professora: nao é permitido namoro dentro de sala de aula.

- Mas agente nao ta fazendo nada de mais agente so ta se abraçando e...

Professora: Nao me interessa, quero uma longe da outra agora.

Sabrina: mas...

Professora: nao tem mas, ou voces se separao ou vao pra diretoria.

Sabrina: tudo bem...

- Tudo bem nada, quem voce pensa que é pra falar assim com agente?

Professora: eu sou a professora de voces.

- Primeiro que nao estamos ainda no horario da sua aula entao voce nao manda porra nenhuma, segundo que isso é puro preconceito seu, com certeza ja andaram espalhando na sala dos professores que agente é lesbica nao é mesmo? Pois que leve agente pra diretoria, eu nao vou sair de perto da minha namorada porque as pessoas desse colegio sao preconceituosas.


E foi dito e feito, ela chamou o segurança pra nos levar pra diretoria...Exatamente o segurança. Mais uma humilhação, ter que ser 'escoltada' ate a sala da diretoria, e todos vendo, Uns rindo, outros comentando...QUE ODIO!
Nessa escola agente nao fica mais nem um segundo, nem que eu tenha que parar de estudar.

Diretora: o que esta acontecendo?

Professora: elas estavam namorando em sala de aula.

- É mentira!

Diretora: por favor, espere a sua vez de falar. Continue professora.

Professora: obrigada...Elas estavam agredindo os outros alunos com seus gestos e caricias.
Elas sao uma ameaça pro seu colegio, voce deveria expulsa-las daqui.

Nao aguentei, quando ela falou isso eu pulei pra cima da tal professora e dei um tapa na cara dela. Nao havia quem conseguisse me tirar de cima daquela mulher, juro que precisou de dois seguranças pra poder fazer isso, mas ja tinha conseguido o que eu queria a cara dela estava toda vermelha.

Professora: Voce me paga sua sapatão! Eu vou prestar queixa de voce e voce vai pra onde é o seu lugar.

Ela saiu bufando da sala de aula e quando o segurança me soltou eu cai no chao, abracei meus joelhos e chorei...acho que ninguem nunca me viu chorando, mas hoje foi demais pra mim. Sabrina se abaixou na minha altura e me abraçou, agente ficou assim, Só ouvi quando a diretora disse " Acho melhor ligar pro pai dela".
Tudo bem, ela deveria ter chamado a policia já que eu sou maior de idade e nao querer ligar pro meu pai, mas a essa altura nada mais importa pra mim.