segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Iniciação


Sabrina: Meu Deus! Quem fez isso?? A Kath, será que foram atraz dela!?

Carol: Calma. Fica junto de mim, não sai de perto de mim.

Sabrina ONN

Eu fiz o que ela mandou, fiquei atraz dela. Ela tirou uma arma não sei de onde e começou a entrar no apartamento, olhando cada lugar. Quando ela teve certeza que não tinha mais ninguém alí, arredou uma pilha de coisas que estava no sofá e se sentou. Me sentei do lado dela.

Carol: ta vendo? Isso é muito perigoso pra vocês! E se vocês estivessem aqui dentro? Não quero nem pensar nisso.

Sabrina: eu já disse que não quero sabe se é perigoso ou não, eu to com você nessa.


Ela me olhou triste e em seguida me abraçou. Ficamos assim no sofá um tempo.


Carol: vamos pegar as suas coisas e as de Kath e vamos pra casa da Kamila

Sabrina: agora?

Carol: é. Porque?

Sabrina: e se tiver alguém esperando agente lá fora e nos seguir?

Carol: ... você tem razão. Vou ligar pra Kamila e mandar ela fazer uma busca por aí... Ta esperta ein amor.

Sabrina: são os filmes policiais

Carol: kkk só você mesmo pra me fazer rir viu amor


Ela veio ate mim e me deu um selinho. Depois arrumamos tudo, pegamos o que íamos precisar, passamos no apartamento da vizinha para agradecer e pegar minha filha.
Mais ou menos uma hora e meia depois que agente chegou, finalmente fomos embora.
A casa dessa Kamila era meio longinha, ficava afastada da cidade.
Eu e a Carol estávamos no carro dela e a Kamila num carro a frente. Assim que chegamos, que as duas foram se cumprimentar direito pude reparar que as duas se pareciam muito, muito mesmo, apesar de não serem gêmeas idênticas.
Ela me apresentou a irma e a namorada da irma, pessoas super legais e tudo mais. Elas arrumaram um berço meio improvisado no quarto onde eu ia ficar com Carol pra eu poder colocar a Kath. Então, depois que a bebe havia dormido, sentamos nós quatro a mesa para uma conversa seria...



Kamila: Bom Sabrina, você sabe que isso que agente faz não é fácil, e muito perigoso

Sabrina: sei sim, sei da dificuldade e do perigo

Kamila: e mesmo assim você quer ajudar?

Sabrina: quero, em tudo que for possível

Kamila: você sabe atirar? Pegar numa arma?

Sabrina: ... não

Kamila: isso atrapalha muito... Vamos ter trabalho Carol

Carol: acho que não, ela é esperta, aprende rápido. Pode deixar que eu mesma  fico por conta de ensinar tudo que ela precisa.

Kamila: ta certo, vocês começam com as aulinhas amanha pela manha

Sabrina: mas e a escola?

Kamila: ou vocês estudam, ou vocês estão nessa missão com agente... Infelizmente agora não tem tempo para as duas coisas, vocês mesmo viram a fúria que invadiram o apartamento de vocês.

Carol: ...ela tem razão

Kamila: que bom que você sabe. Eu conversei com a mamãe hoje, ela disse que assim que vocês quiserem ela vem buscar a menina

Carol: isso é um assunto pessoal meu e da Sabrina, depois agente resolve.

Kamila: ta certo... Amor, não vai falar nada?

Giovanna: Não, eu prefiro ficar na minha



Carol ONN

A reunião foi meio tensa, mas acho que o principal já foi resolvido. Sabrina subiu e logo depois eu também, peguei ela deitada na nossa cama cuidando da Kath... Eu sei que ia ser muito duro pra ela deixar a filha, mas é preciso, isso logo acaba.

Carol OFF

Os dias foram passando. Na manha do dia seguinte, Carol e Sabrina entraram em um dos jardins da casa pra poder começarem as aulas.
Sabrina se saiu muito bem, em pouquíssimo tempo já atirava como profissional. As quatro sempre procuravam se divertir, Carol e Kamila não queriam deixam as mulheres apreensivas com o que elas sabiam que iria vir em breve, muito breve. Por isso elas tramavam seus planos em segredo, nas altas horas da madrugada dentro de um escritório.
Era a preparação pra guerra que vinha se levantando, duas famílias de máfia unidas por um ódio incomum... Uma guerra com laços de sangue que já não valiam nada, o que importava agora era que só um dos lados pode sobreviver.....











sábado, 8 de outubro de 2011

Ataques

Carol ONN

Assim que o sinal do intervalo tocou eu esperei Sabrina sair mas nada dela... Então as meninas saíram e me disseram que ela estava na sala.
Então, fui ate lá. Quando entrei na sala ela estava sentada de cabeça baixa, então fui ate ela e toquei seu ombro. Ela ergueu a cabeça devagar e quando me viu pareceu se assustar

Sabrina: Carol???

Tentei sorrir mas não deu muito certo, então ela fez o que eu não esperava, se levantou e me abraçou. Um abraço longo e apertado. Eu retribui o abraço, lógico. Depois que ela me soltou nós duas nos sentamos.

Carol: agente tem que conversar

Sabrina: e muito

Carol: vou falar logo o que eu quero. Eu quero que você vá pra Itália.

Sabrina: han? como assim? Ir pra Itália pra que?

Carol: porque é mais seguro pra você e pra bebe. Minha mãe biológica ta lá, ela vai te ajudar a cuidar da Kath

Sabrina: eu não vou sair do Brasil

Carol: Sabrina, por favor. É perigoso pra você e pra bebe, lá você vai encontrar todo o apoio que você precisa. Eu prometo que logo isso vai estar resolvido aí vocês vão poder voltar e...

Sabrina: Carol, qual a parte do eu não vou sair do Brasil você não entendeu? Eu quero estar do seu lado nessa hora, te ajudar, eu sou sua mulher não um qualquer, eu não vou deixar você sozinha.


Eu fiquei sem reação. Nós duas ficamos nos encarando um tempo. Ela queria ficar comigo, do meu lado.


Carol: amor, é muito perigoso

Sabrina: não importa, eu quero ficar perto de você, quero ajudar no que for preciso.

Carol: mas e a Kath? Ela corre tanta perigo quanto você, quanto nós... Ou até mais por ser mais frágil. Eu não quero que nada aconteça com ela.

Sabrina: eu cuido dela não tem problema, mas não vou te deixar.


Agente se abraçou de novo, bem mais forte do que antes. Eu tinha muito medo de que algo pudesse acontecer com ela, mas ter ela do meu lado me dava mais força pra lutar e acabar com isso logo. Mas eu não posso colocar a filha dela em risco. Eu não me perdoaria se acontecesse alguma coisa com ela.


Carol: então manda a Kath pra Itália com a minha mãe.

Sabrina: mandar a Kath?

Carol: é amor, é só ate isso acabar. Minha mãe vai cuidar muito bem dela eu tenho certeza, e agente pode tentar ver ela todo o fim de semana.

Sabrina: eu não sei

Carol: meu amor, ou é isso ou você vai ter que ir com ela.  Você eu consigo proteger, mas ela é um bebe, eu não tenho como garantir a segurança dela. Eu prometo que não vai durar muito tempo, só o suficiente. Isso logo logo vai acabar e nós vamos voltar a ser uma família feliz de novo.


Sabrina ONN


Essa proposta doeu pra mim. Ficar longe da minha filha, eu não sei se iria conseguir. Mas sei que é o melhor a se fazer. Ela tem razão sobre isso, e eu confio nela, se ela diz que é o melhor, então esse é o melhor a ser feito.

Sabrina: tudo bem, eu aceito.

Carol: vou pedir minha mãe pra buscar ela esse fim de semana.

Sabrina: já?

Carol: já meu amor.

Sabrina: tão rápido...

Carol: me desculpa por ta te fazendo passar por isso...

Sabrina: eu te amo, e eu nunca ia deixar você sozinha.


Agente se beijou, ali na sala mesmo. Ela ligou pro pai dela que pediu pra liberar nós duas mais cedo... Fomos pelo caminho conversando

Carol: acho que nosso apartamento não é mais seguro.

Sabrina: porque não?

Carol: Kamila me disse que descobriu que estavam nos investigando. Sobre ela não descobriram nada, mas sabem tudo sobre mim. Tenho medo que nos ataquem.

Sabrina: o caso é tao serio assim?

Carol: é... Nós vamos pra casa da Kamila, tudo bem?

Sabrina: aonde ela mora?

Carol: num lugar afastado... E muito lindo. Agente passa no AP, busca todo o necessário e vamos pra lá de uma vez.

Sabrina: e seu trabalho?

Carol: o Harry sabe de tudo o que ta acontecendo, ele disse que vai bancar sem trabalho

Sabrina: ate o Harry sabia?

Carol: nós tivemos de contar, senão eu teria que desviar dinheiro da empresa, e não me sentiria bem enganando meu próprio pai.


Carol ONN

Depois daquilo, num geral, nosso caminho foi bem silencioso. Quando chegamos no AP, descemos e subimos, encontramos a porta semi - aberta. Desconfiada, abri um pouco a porta e constatei o que já suspeitava... O apartamento foi arrombado!!!!!





















Insonia, pensamento e algumas lagrimas


Carol ONN


Eu não tinha noção do que fazer. Eu saí de casa apenas com uma mochila, deixei ela lá pensando. Eu nunca pensei que as coisas iam ficar desse jeito.
Peguei meu carro e comecei a rodar pela cidade, eu já sabia pra onde ir, só queria dar um tempo.
Quando cansei de dirigir parei na praia. Tirei meu tênis e larguei dentro do carro, dobrei meu jeans e sai candando meio desnorteada. Fui ate um quiosque e comprei uma água mineral, me sentei na areia longe das pessoas. Enquanto eu tomava a minha água pensava no que fazer. O primeiro passo era ligar pra Kamila, eu só podia ficar com ela, pra onde mais eu iria? O segundo passo era pensar no que falar com a Sabrina.
Parece que meus pensamentos iam sendo lidos, porque meu telefone começou a tocar, era Kamila.

*Ligação*

Kamila: aonde você ta?

Carol: oi? tudo bom com você também?

Kamila: serio, agente precisa conversar.

Carol: é eu sei, eu vou precisar ficar na sua casa.

Kamila: aqui em casa? Porque? Aconteceu mais alguma coisa?

Carol: a Sabrina descobriu tudo

Kamila: tudo?

Carol: é, tudo

Kamila: como foi isso?

Carol quando eu chegar aí agente conversa direito

Kamila: ta bom, vem logo.

Carol: ta bom, beijo.

* Ligação *

Eu fiquei mais um tempo parada ali e depois fui pra casa dela. Ela morava numa casa meio que de campo num lugar afastado da cidade, ela e a namorada... Sim, ser lésbica acho que ta no sangue. A namorada dela sabe dos nossos esquemas, e nos ajuda em tudo. As vezes eu queria que as coisas comigo também fossem assim.
Quando cheguei as duas me receberam super bem. Coloquei minha mochila no quarto de hospedes, e depois nós fomos conversar tudo o que precisava. Contei como a Sabrina descobriu tudo, e ela me contou como estava preocupada com o fato de que o Lucca poderia nos encontrar aqui.

Carol: eu tenho que tirar a Sabrina do Brasil.

Kamila: é, pode ser perigoso pra ela e pra bebe. Eu tentei convencer a Giovanna mas sabe como é né, não quis.

Giovanna: não quis mesmo, aonde você estiver eu vou estar com você

Carol: é mas não funciona assim comigo. Amanha na aula eu vou conversar com a Sabrina.

Kamila: você insiste mesmo em continuar estudando Carol?

Carol: Kamila eu não posso parar a minha vida por causa dessa guerra. Um dia isso vai acabar e eu vou precisar viver, e vou precisar disso

Giovanna: ela ta certa, e você deveria fazer o mesmo viu.

Kamila: não sei

Carol: poderia ser uma boa, seria mais uma forma de nós ficarmos juntas. Você estudando na mesma escola que eu, agente teria mais tempo pra pensar em alguma coisa.

Giovanna: pois é eu concordo

Kamila: eu vou pensar ta bom. Olha você tem que falar com o Harry.

Carol: eu sei, amanha eu converso com ele... Será que eu posso ficar um pouco sozinha? Eu quero pensar.

Kamila: ta bom maninha, fica bem



As duas me deram um beijo no rosto e saíram. Eu deitei naquela cama enorme (era de casal) e fiquei pensando na Sabrina. Eu tinha que convencer ela a sair do país, acho que a Itália seria o lugar mais seguro. Eu mando ela e a Kath pra lá, elas ficam a salvo. Mesmo que ela não queira mais nada comigo, eu não posso deixar ela correndo esse risco.
Peguei meu celular e comecei a ver algumas fotos nossas, nós duas, nós com a Kath, em casa, nos passeios que agente fazia... Eu queria tanto ter uma vida normal ao lado dela, mas depois disso eu perdi as esperanças. Eu esperava que essa guerra acabasse logo, e que ela nem precisasse saber que isso um dia aconteceu.
Agora eu acho que eu perdi ela de vez, ela não vai querer nem mais olhar pra mim...


Carol OFF

Sabrina ONN

Depois que ela foi embora eu só conseguia chorar, acho que a ficha do que estava acontecendo só começou a cair depois que ela saiu.
Eu sempre soube que ela guardava algum tipo de mistério, mas nunca achei que fosse algo desse tipo.
Eu não sei o que fazer, não sei como agir. Eu quero ficar do lado dela nessa, mais eu tenho medo de perder ela pra sempre...
Eu tomei um remédio e dormi, horas seguidas. Quando acordei já era noite, fui a casa da vizinha e busquei a minha filha.
Cuidei dela e ela logo adormeceu. "agora sou eu e a Kamila que temos que dar um fim nisso", essas palavras nunca vão sair da minha cabeça.
Eu não posso deixar a Carol sozinha nela. Eu a amo, eu tenho que ficar do lado dela, mesmo que isso seja muito perigoso. Enquanto isso não acabar eu não vou ter paz com ela, e minha filha também não vai poder ter paz... é isso, eu tenho que ajudar a Carol, mas não só dando apoio...
Eu já sei o que fazer, eu não vou deixar ela ir e nem vou embora. Amanha tudo vai se resolver...


Sabrina OFF


A noite foi longa para ambas. Sabrina mal pregava o olho, alem da filha que acordou muito aquela noite, ela não parava de pensar no dia seguinte. 
Carol, não pregou o olho pensando com conseguiria falar com Sabrina, e se ela iria querer falar.
Foi uma noite de insonia, pensamentos e algumas lagrimas...


Carol ONN

Eu acordei bem antes do despertador tocar, tomei meu banho, me arrumei e quanto saí Giovanna já estava a mesa. Um enorme e lindo café da manha estava preparado, e ela esperava sentada a mesa.

Carol: bom dia

Giovanna: bom dia. Como foi a noite?

Carol: longa...

Giovanna: eu conversei muito com a Kamila ontem mas ela não quis voltar a escola, disse que qualquer coisa faz um simulado pela internet.

Carol: ela é cabeça dura deixa ela.




A Giovanna era mais velha, ela tinha25 anos... Não muita coisa. Ela era professora de inglês da Kamila quando ela morava em Manaus.
As duas se apaixonaram e enfim, estão juntas. Apesar da Giovanna também pegar no pesado em relação ao 'serviço sujo' que agente tem que fazer as vezes, ela era mais dona de casa. Ela ficava a maior parte do tempo naquele sitio enorme, cozinhando e arrumando a casa. Pelo que a Kamila me disse todos os dias as 7:00 o café já esta na mesa, ao meio dia o almoço é servido, exatamente as 4 da tarde, uma mesa para outro café esta pronta, 19:00 o jantar é servido, e ela sempre deixa alguma coisa pronta caso alguém queira um lanche durante a noite.


Eu fiquei conversando com ela até a hora de sair, eu ia entrar só depois do intervalo hoje, não tinha cabeça pra ir antes. A Kamila ainda estava dormindo.
Eu cheguei a tempo de pegar o terceiro horário mas não quis, preferi esperar no patio.


Carol OFF

Sabrina ONN


Eu mal preguei os olhos essa noite, alem de tudo a Kath estava muito incomodada com alguma coisa, peguei no sono já era madrugada. No horário de sempre meu celular despertou. Olhei pro lado e não vi Carol lá... Senti um aperto tão grande no  peito que chegou a rasgar ao meio.
Tomei um banho rápido, dei mamá pra minha filha, arrumei as coisas dela, comi alguma coisa... Passei na casa da vizinha e deixei ela, e fui pra escola, decidida!
Assim que cheguei lá não vi a Carol. Entrei na sala e coloquei minha mochila perto da mochila das meninas. Nós ficamos conversando mas eu não parava de olhar pra porta. Elas não sabiam que nós duas morávamos juntas, então não precisei explicar a ninguém porque cheguei sozinha.
O  sinal para o primeiro horário tocou... E nada da Carol. Será que ela não vem? Me senti triste, um pouco culpada...
Os tres primeiros horários passaram se arrastando, eu não conseguia prestar atenção em nada. Assim que tocou o sinal as meninas saíram, mas eu não quis ir. Fiquei quieta na minha pensando de cabeça baixa, quando sinto uma mão tocar meu ombro, e então ergui o rosto para ver quem era...